Todas as noites, o faroleiro aguardava, de lanterna na mão, junto ao penhasco.
Lá em baixo, o mar trazia as recordações entardecidas na sua hora de chegar, embaladas nas cantigas das ondas que sussurravam a serenidade da espuma na areia da praia que sempre se irá molhar.
E o faroleiro aguardava.
Nada do que o mar lhe trazia era aquilo que o faroleiro queria ver chegar. Todas as noites, a luz do farol iluminava até onde a distância lhe permitia. A claridade ia até ao fim da noite, onde o passado fica onde está, escondendo-se do lado de lá.
E o faroleiro aguardava.
A noite repetia-se ao fim de cada dia e, ao fim da cada noite, nunca vinha a chegada desejada.
O rosto do faroleiro era tristeza… como só a sente quem não tem o que deseja por não desejar mais nada.
Na verdade, o faroleiro não aguardava… ele guardava.
Guardava recordações de outros serões na companhia da sua amada.
E o faroleiro guardava.
Guardava sonhos e ilusões que um dia foram passeios de mão dada.
Outrora, teve esse amor. Sentiu-o no corpo e na vontade. Sentiu-o de verdade.
Agora, todas as noites, o faroleiro apenas sentia saudade.
E o faroleiro guardava.
Com a luz do seu farol vermelho dominava a paisagem escurecida, indicando o rumo a esta ou aquela embarcação perdida.
De lanterna na mão, olhava para cima. Como eram belas! Lembravam-lhe o sorriso que outrora o acompanhara nos passeios pela praia.
Lá em baixo, o mar trazia as recordações entardecidas na sua hora de chegar, embaladas nas cantigas das ondas que sussurravam a serenidade da espuma na areia da praia que sempre se irá molhar.
E o faroleiro aguardava.
Nada do que o mar lhe trazia era aquilo que o faroleiro queria ver chegar. Todas as noites, a luz do farol iluminava até onde a distância lhe permitia. A claridade ia até ao fim da noite, onde o passado fica onde está, escondendo-se do lado de lá.
E o faroleiro aguardava.
A noite repetia-se ao fim de cada dia e, ao fim da cada noite, nunca vinha a chegada desejada.
O rosto do faroleiro era tristeza… como só a sente quem não tem o que deseja por não desejar mais nada.
Na verdade, o faroleiro não aguardava… ele guardava.
Guardava recordações de outros serões na companhia da sua amada.
E o faroleiro guardava.
Guardava sonhos e ilusões que um dia foram passeios de mão dada.
Outrora, teve esse amor. Sentiu-o no corpo e na vontade. Sentiu-o de verdade.
Agora, todas as noites, o faroleiro apenas sentia saudade.
E o faroleiro guardava.
Com a luz do seu farol vermelho dominava a paisagem escurecida, indicando o rumo a esta ou aquela embarcação perdida.
De lanterna na mão, olhava para cima. Como eram belas! Lembravam-lhe o sorriso que outrora o acompanhara nos passeios pela praia.
Como eram belas! Como queria estar com elas e conhecê-las! Por isso se tornou guardador de estrelas.
3 comentários:
"Sou um guardador de rebanhos
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações."
(o Alberto Caeiro e tu põem ideias a dançar para mim)
Estrelas são recordações
feitas de sonhos
que foram sensações
de guardador de rebanhos.
Que texto giro! Gostei! :) Beijinho
carpe vitam!, o Caeiro era o melhor de todas as personagens esquizofrénicas do senhor... ou assim o dizem aqueles que acham que a sua opinião vale dez reis de mel coado.
Salto-Alto, eu também gostei. (tenho de agradecer ao meu afilhado de seis anos pelo texto e pelo desenho... o puto é génio... pronto, há uma razoável probabilidade de ter sido eu a escrever o texto e a desenhar a imagem). Beijo para ti, com baixo nível de acidez.
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