Quem já tentou deitar a escada a uma pessoa insensível saberá bem onde eu pretendo chegar (deitar a escada é uma expressão que significa, muito carinhosamente, demonstrar o afecto a alguém… ou também pode ser um eufemismo para saltar para a espinha a alguém, que por sua vez também pode ser um eufemismo para… olha, não interessa!). Adiante com essa coisa de explicações foleiras para termos que, ao fim e ao cabo, toda a gente conhece. E quem não conhecer que pesque o percebimento pelo contexto. (sim, a palavra percebimento existe mesmo!). Mas, dizia eu… às vezes, não sei por que razão obscura, e perfeitamente estúpida, anda alguém a desperdiçar tempo e energia para tentar escalar a indiferença daquela pessoa parva que, por algum motivo, parece não prestar atenção. Uma vez ou outra já todas as pessoas adultas (seja lá o que isso for) passaram por essa situação. Se não passaram, estão a passar ou vão passar. Se não passaram, não estão a passar, ou acham (imbecilmente) que não vão passar, bem… que porcaria de vidinha estúpida! Enfim. É chegado o momento de eu desmistificar por completo todo esse estranho ritual. O que acontece, caro e vasto universo de potenciais leitores (por potenciais entendo todos aqueles que possam vir a ler isto nos próximos cem anos), o acontece é que essa tal pessoa que alguém se esforça por tentar escalar não é indiferente, não. Tem é a puta da mania! (ups! eu disse puta!... doh!). Pronto, ultrapassada a blasfémia literária (que seria palavrinha espirituosa e ovacionada se eu já tivesse o Nobel da Literatura), o meu conselho é este: se és gaja, tens mais de dezoito anos (detalhe puramente legal), e achas que já estás pronta para o vamos a isso, não estejas com merdas (ovação)! Diz-lhe que, no dia em que ele nasceu, nasceram mais uns bons milhares. Se és gajo, não importa a idade, e estás sempre pronto para… o que quer que seja, a verdade é que não tenho conselhos a dar-te. Tudo o que te disser vai mesmo entrar a cem e sair a duzentos. Resumo: venham os icebergues que, com uma cordinha atada à cintura, teimosia e o equipamento adequado, não há cume que não se atinja. (nem que seja só pelo divertimento de depois descer a encosta de trenó).
quarta-feira, novembro 19, 2008
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2 comentários:
será que todos os cumes valem a pena o esforço da escalada?
Há que fazer as contas antes de começar a subir (ou, pelo menos, no início da caminhada, a tempo de descer e dizer: "pff! vou mas é andar de patins no gelo que, apesar de escorregadio, é sempre em frente e, se cair, o tombo é pequeno...")
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