quinta-feira, novembro 20, 2008

O balão



Num dia de passeio no parque, a criança passeava alegremente com o seu cão.

A mãe tinha-lhe oferecido um presente colorido para ele segurar na mão.

Era um balão!

A criança foi criança enquanto não veio o bicho-papão.

O malvado chamava-se vento de pessoa grande, ou tinha ares disso.

Metia mais medo do que um aranhiço.

Nem valeu à criança o seu animal de estimação.

O papão levou o presente de sumiço.

E lá se foi o presente colorido.

Como se a mãe nunca lho tivesse oferecido.

Ficou a olhar para o ar.

Onde estava o sol a brilhar.

Com uma tristeza de espantar.

Por ver o balão voar.

A criança, o sol e o cão.

Ficaram todos a olhar para o balão.

5 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

E como é que se chamava o cão?

Thunderlady disse...

Era ir ao sr. que vende os balões buscar outro. Ou roubar a outro miúdo, anda muito na moda, roubar os outros. Roubar que é como quek diz: levar emprestado sem data de retorno.

Tadita da criança....

lima ou limão disse...

Rafeiro Perfumado, o cão chama-se Pantufa (por via da sua aparência felpuda, ia ser chamado de Esfregona... chegou até a ser considerada a graça de Piaçaba... mas, por questões de fofice, lá teve de ficar com um nome fofo para chinelo).

Thunderlady, mas aquele balão é especial. O Sr. Sorridente (nome do balão) tem sentimentos como uma pessoa de verdade. Isso não se encontra por aí ao desbarato. (hum... parece-me que tens para aí muita revolta contida dentro de ti... devias arranjar um balão amigo e passear mais vezes no parque).

Thunderlady disse...

Não, a minha +unica revolta é mesmo pela liberdade dos balões.

Tenho uma voz dentro de mim que grita: libertem os balões deste mundo. Compreendo os sentimentos do Sr. Sorridente, ahco que ele foi para um mundo bem melhor que aquele onde estava, agarrado a um puto birrento.

Limão ;)

lima ou limão disse...

Por favor, não me digas que acreditas no Céu dos Balões! (esse devaneio é um exclusivo meu) ;)